"If I ever allow genuine compassion to be overtaken by personal ambition, I will have sold my soul" - James Nachtwey

10 fevereiro 2006

Os "Mupis"

Na edição de ontem do Público, no caderno Local, da zona de Lisboa, vem logo na primeira página em grande destaque uma notícia sobre uns cartazes do tipo mupi, que teriam sido colocados na rua Garrett, e que teriam gerado polémica.
Pode ser ignorância minha, mas não sei o que são esses tais de mupi. Nem tenho obrigação de saber. E atrevo-me a dizer que muita gente não saberá. E não tem obrigação de saber. Quem tem obrigação de se fazer entender aos seus leitores é o jornalista. E este foi mais um caso em que tal não foi feito.
Ao longo de toda a notícia (que tinha uma dimensão considerável), o jornalista não se deu ao trabalho de explicar o que eram afinal os mupis, termo que é repetido exaustivamente.
Ora, como pode o leitor perceber claramente o que está em causa, se não sabe do que o jornalista está a falar? Acho que há aqui uma falha de comunicação bastante grave!
Mesmo que fosse difícil explicar literalmente, a foto que acompanha a notícia podia representar um dos ditos mupis. Mas não.
Tive de recorrer à Internet para ficar a saber afinal que tipo de cartazes estavam em causa, e aí então, ficar esclarecida.
Por este andar, qualquer dia para se entender os media, vamos ter que começar a andar com um dicionário atrás... E de preferência um que inclua também expressões estrangeiras, jargões, e outras coisas que os jornalistas tanto adoram utilizar.
Já agora, para quem for ignorante como eu, parece que isto é que é um mupi:

3 comentários:

CN disse...

obrigado pelo esclarecimento. também não sabia o que era.

para mim disse...

Eu sabia. Mas, concordo com o reparo. Confirma a impressão que tenho de que os jornalistas esquecem-se dos leitores e escrevem para o umbigo ou para amigos.

Rita disse...

Obrigada pelo esclarecimento. Também vivia nessa ignorância de não saber o que são mupis..