"If I ever allow genuine compassion to be overtaken by personal ambition, I will have sold my soul" - James Nachtwey

22 agosto 2007

7 Maravilhas do Jornalismo

A Aisling passou-me este desafio. Mas como desde o início faço questão de não incluir neste blogue aspectos pessoais, penso que não faria sentido abrir agora excepção. Sendo assim, espero ser perdoada, mas vou fazer "batota" e enumerar em vez disso aquelas que para mim são 7 Maravilhas da profissão de jornalista. Aquela que para mim é a melhor profissão do mundo. Aqui ficam:
1- Todos os dias são diferentes
2- Todos os dias aprendo coisas novas
3- Todos os dias aprendo a resolver novos problemas e vencer desafios
4- Saber que estou a transmitir informação a um número alargado de pessoas, e com ela estou a acrescentar de alguma forma algo à sua vida.
5- Sentir que posso, por mais pequena que seja, fazer a diferença
6- Conhecer muitas pessoas, cada uma com algo diferente para me ensinar
7- No fim do dia, chegar à conclusão de que não me imaginava a fazer outra coisa

08 agosto 2007

Juro que não é Perseguição...

mas não resisto:
Esta semana a Focus dedica uma edição aos amores de Verão. Dá dicas, foi ouvir cientistas, e testemunhos. Impressão minha, ou a semelhança com qualquer revista "cor-de-rosa" ou dedicada aos temas "leves", está a acentuar-se cada vez mais? Será mesmo este o caminho que as Newsmagazines querem seguir?

05 agosto 2007

Prioridades Noticiosas

No mesmo dia em que caiu uma ponte nos EUA, um comboio descarrilou no Congo. Só hoje foi noticiado.

02 agosto 2007

Semelhanças?


01 agosto 2007

...

26 julho 2007

Receita para fazer uma "Newsmagazine"

Um dono de um império de hotéis de luxo...


...E um fenómeno mundial dos livros de auto-ajuda

O Preço da Liberdade de Expressão

Zimbabué: Jornalista crítico de Robert Mugabe baleado em Joanesburgo

No Comments

"Gravata vermelha para balanço de meio mandato

Às 20.20 já Ricardo Costa, director da SIC - que interrompera as férias para, no seu dia de anos, vir entrevistar o primeiro-ministro - aguardava José Sócrates com o stress do costume face ao relativo atraso com que este chegava à estação. Apesar do dia ter começado com os ecos do duro artigo de Manuel Alegre, foi um José Sócrates sorridente, de fato escuro em que sobressaía uma gravata vermelha, que chegou aos estúdios para fazer um balancete de meio mandato.

Acompanhado por David Damião, seu assessor de Imprensa, Sócrates mostrava-se apesar de tudo mais descomprimido do que no seu anterior exame televisivo, na RTP, onde explicou o seu percurso académico. Depois de passar escassos minutos pela maquilhagem, entrou no estúdios. À estação chegavam as muitas pizzas que são hoje diariamente encomendadas, depois da ASAE ter mandato fechar a cantina.

Depois de durante uma hora ter percorrido as áreas tradicionais da sua governação, Sócrates continuou dentro do estúdio de gravação durante bem mais de um quarto de hora, conversando com um dos entrevistadores, José Gomes Ferreira. Ricardo Costa já tinha saído, apressado. Os seguranças do primeiro-ministro iam-se cruzando com os muitos comentadores que iriam fazer o rescaldo da entrevista"

In Diário de Notícias de hoje


19 julho 2007

Algarve em Revista


11 julho 2007

Sobre os Estágios

Não aconteceu comigo, mas temo ser caso raro. Na maior parte das vezes, diga-se a verdade, os estagiários em jornalismo são postos a fazer trabalhos "da treta". Regularmente numa redacção um dia inteiro sem fazer nada, são recursos incrivelmente desperdiçados.
A palavra chave? Confiança. Não se confia nas capacidades de um estagiário, afinal é só um "fedelho" acabado de sair de um curso de comunicação ou jornalismo. Que sabe ele de jornalismo? Não sabe muito, é verdade. Por isso está ali para aprender. Mas para isso é preciso que o ensinem, que o deixem fazer coisas, que o deixem errar e acertar. Em suma: aprender.
Quando é que os estágios em jornalismo começam a ser encarados a sério pelas empresas de comunicação social e as pessoas que nelas trabalham, e não apenas como mão-de-obra gratuita? É que mais que um simples problema de exploração laboral (que já não é pouco), está aqui em causa algo de âmbito ainda maior: o futuro do jornalismo. É preciso acabar com este ciclo vicioso de estagiários como mão-de-obra para fazer trabalhos menores, que está a formar jornalistas descontentes e com poucas capacidades. E, por muito que isto possa custar a alguns jornalistas de carreira, é preciso dar lugar aos novos, aceitar que podem ter ideias melhores que eles, ouvi-los, e confiar. A confiança é uma estrada de dois sentidos; estagiários em quem se confia hoje, serão jornalistas confiantes amanhã. E acho que precisamos de mais jornalistas confiantes. Além de competentes.

Nada Sensacionalista...

08 julho 2007

Como é Possível o País Avançar...

se Carlos Cruz não pode ir à Disney?

07 julho 2007

Os Recursos Escassos do Espaço Mediático

Hoje uma reportagem no Jornal da Tarde da RTP1 mostra um hotel no Algarve no qual se pagam 3000 euros por noite, e outros locais de estadia igualmente luxuosos. No mesmo dia, a revista Única, do Expresso, traz na capa uma chamada para uma reportagem sobre a vida de portugueses a bordo de cruzeiros. O tempo é de Verão, e convida a estes temas.
Só me questiono muitas vezes se o espaço mediático está a ser devidamente aproveitado. Se estão a ser abordados os temas que realmente importam. Ou que nos deviam importar enquanto humanidade, e não apenas enquanto seres humanos individuais. Perspectiva utópica? Talvez. Mas acredito realmente que uma das missões do jornalismo é falar daquilo que está mal no mundo, para ajudar a que fique melhor.
Numa altura em que a nossa atenção é cada vez mais requisitada por muitas coisas ao mesmo tempo, urge que os meios de comunicação social aproveitem bem aqueles minutos que dedicamos ao Telejornal, ou a ler o jornal. Se esses minutos, cada vez mais escassos, são ocupados a saber quais os hotéis mais luxuosos, será que isso nos ajuda a saber o que acontece "no país e no mundo", como se apregoa?
A mim não ajudam. E tenho pena que assim seja.

01 julho 2007

Leituras de Fim de Semana

22 junho 2007

São Pormenores Destes Que Fazem o Jornalismo


in Notícia SIC

Má Informação

Acabo de ouvir no Jornal da Tarde da RTP1 que o número de mulheres vítimas de violência teve um aumento de 50%, segundo revelam os dados de uma Organização Não Governamental de apoio a estas mulheres. Esta conclusão foi tirada de um aumento das denúncias.
Ora há aqui dois dados a avaliar: o número real de vítimas, e o número de denúncias. O facto de ter havido mais denúncias, não quer necessariamente dizer que houve mais vítimas, mas sim que houve mais mulheres a denunciar. E nesse sentido, a notícia até seria positiva e não negativa, como os jornalistas deram a entender.
É má informação, e é irresponsável. Por muito tentador que seja aproveitar a violência doméstica para notícias alarmistas.


E Se o Jornalismo... Tivesse Preocupações Ambientais?

O cenário é diário. Nas estações de metro, os jornais (e a publicidade que muitas vezes a eles vem aliada) voam ao vento, e enchem o chão e os caixotes do lixo (porque ainda há quem se dê ao trabalho de os colocar no caixote do lixo).
São resmas de papel, em forma de jornal, que todos os dias nascem e morrem pouco tempo depois.
O jornalismo sempre foi, desde o início, consumidor deste recurso. À medida que aumentaram o número de jornais e as tiragens, aumentou também em grande escala a utilização do papel.
Hoje em dia, qualquer empresa que se preze, tem preocupações ambientais. Porque compreenderam que é preciso tê-las, a par das preocupações economicistas. E as empresas de comunicação social? O que será que já estão a fazer pelo ambiente? Coloco a pergunta porque não sei. Mas gostava de saber.

19 junho 2007

É Urgente

uma lufada de ar fresco no jornalismo.
A falta de variedade dos assuntos que fazem a agenda dos média está a tornar-se assustadora.

06 junho 2007

Mais um Gratuito

Está nas ruas a partir de hoje mais um jornal gratuito, o "Meia Hora". Mais do mesmo.
Luís Santana, administrador deste jornal do grupo Cofina, caracteriza-o como um "gratuito de referência" que quer concorrer com os jornais pagos como o Público ou Diário de Notícias.
Talvez um dia a concorrência dos projectos jornalísticos se faça por aquilo que oferecem de diferente. Até lá, temos esta concorrência de jornais que dizem todos quase o mesmo. A diferença é que uns são pagos, e outros não.

05 junho 2007

Apenas Telespectadores

Um directo no Jornal da Tarde da RTP1 é hoje interrompido abruptamente. O pivô, Carlos Daniel, continua a dar as notícias como se nada se tivesse passado. Uma palavra de respeito para com os telespectadores não teria ficado mal. Mas afinal nós, os que estamos a ver, somos apenas os contribuintes cujo dinheiro também vai parar à televisão do Estado.

29 maio 2007

Jornalismo no seu Melhor

Ana Sofia Vinhas, no Jornal Nacional da TVI:
"Não deve ter sido fácil para José Sócrates correr com tantos jornalistas à volta..."
Ainda bem que temos jornalistas que se concentram nas questões importantes.

26 maio 2007

Está Tudo Dito

Alcides Vieira, director de informação da SIC, citado por Miguel Sousa Tavares, no Expresso de hoje:

"A falta de notícia também é notícia. O dever do jornalista, às oito da noite, é o de informar o que aconteceu nesse dia, mesmo que não se passe nada"

Até que Enfim

Uma reflexão auto-crítica vinda de dentro do jornalismo:

Parabéns ao Tal&Qual

23 maio 2007

A Fé de uns e de Outros

Quantos pais com filhos desaparecidos terão rezado por eles? Quantos terão ido a Fátima? E no entanto, não me lembro de ver os seus actos de fé noticiados.
Os pais de Madeleine foram acompanhados a Fátima pelos jornalistas.
Peço desculpa por insistir em falar neste caso, mas vejo uma grande desigualdade de tratamento mediático. Este é apenas um dos muitos exemplos. E se o jornalismo já não oferece um mínimo de imparcialidade, onde mais poderemos encontrá-la?

21 maio 2007

Meus amigos...

deve haver alguma confusão neste anúncio.
Um jornalista não é um "Relações Públicas".

Sugestão

Hoje, no Jornal da Tarde da RTP, uma reportagem sobre novos manuais escolares multimédia que supostamente irão equipar as escolas portuguesas com as últimas tecnologias. Segue-se uma reportagem que mostra uma escola que tem quase o dobro dos alunos que pode suportar, o que faz com que algumas disciplinas tenham de ser dadas fora da escola, obrigando os pais a deslocar-se para os filhos poderem frequentar as aulas.
E que tal juntar as duas reportagens numa, explicando que o primeiro caso é excepção, precisamente porque ainda existem, por todo o país, escolas como o segundo caso, e com problemas ainda mais graves?
Talvez não se ficasse tanto com a sensação de que cada reportagem falava de um Portugal diferente...

15 maio 2007

Gostei de Ouvir

Miguel Sousa Tavares, na TVI:
"Todos os dias há crianças a desaparecerem no mundo e a morrer de fome na Etiópia, e não têm esta atenção mediática. Mas esta é inglesa, branca, e bonita."

14 maio 2007

Conclusão

A informação televisiva portuguesa em geral está má. Muito má.

Diz uma Jornalista

após o Secretário de Estado do Turismo assegurar que o caso do desaparecimento da criança britânica em nada contrariava a segurança que Portugal oferece:
"Este caso demonstra precisamente o contrário"

É sempre bom ver um jornalista com opinião.

07 maio 2007

Questão:

Porque é que nunca mais se viram ou ouviram notícias sobre Nova Orleães?

E Já Agora Uma Foto em Bikini?

Anúncio no site Carga de Trabalhos (apenas um exemplo entre vários que vão sendo frequentes):

repórteres animadoras de emissão ao vivo

RÁDIO FASHION - novo projecto em Coimbra, selecciona:

Repórteres - animadoras de emissão ao vivo.

Exige-se boa apresentação, espírito de equipa, dinamismo, irreverência e sentido de responsabilidade.

Oferece-se aliciante carreira em rádio de nova geração e que vai ter grande visibilidade.

Importante: É necessário enviar foto de rosto e corpo inteiro, carta de apresentação e curriculum vitae.

Se desejarem podem enviar de ficheiros com programas, anúncios, noticiários ou outras amostras de voz.

Local de trabalho: Coimbra

05 maio 2007

...

Jornalista da RTP, em directo do local de onde desapareceu a criança britânica, após Judite de Sousa a ter questionado sobre os efeitos do acontecimento para a população local, diz algo como:
"Num dos cafés aqui perto nunca se venderam tantas sandes".

Abstenho-me de comentar.

O Caso do Ombro do Cão

Hoje, na revista Única:

29 abril 2007

Exame à Exame

A última edição da revista "Exame" traz na capa uma foto com representantes de duas empresas: a Microsoft e o Millenium BCP, por cima do título "As 28 melhores empresas para trabalhar". A conclusão que tirei quando vi a capa, foi a que, atrevo-me a dizer, outros leitores tirariam: a Microsoft e o Millenium BCP foram os dois primeiros classificados nessa lista, daí a honra de estarem na capa.

Mas... surpresa...




Abrimos a revista e vemos que a Microsoft foi efectivamente a 1ª classificada, e daí a razão de estar na capa. Mas o Millenium BCP ficou classificado em 4º lugar. O 2º classificado foi, na verdade, a Re/Max.
A minha dúvida é, tão somente: qual foi o critério para pôr os representantes do Millenium BCP na capa? Não seria lógico que ao lado do primeiro classificado aparecesse o segundo?...




25 abril 2007

Uma Nota de Parabéns

hoje, especialmente, a todos os bloggers, por fazerem uso da sua liberdade de expressão.

21 abril 2007

Não Foi

Li e reli. Reli outra vez. E continuo sem perceber onde é que José Alberto Carvalho quis chegar com esta crónica:





Por Muito Tentador que Seja...

Não será a expressão "derrotados" demasiado forte?...

19 abril 2007

18 abril 2007

Ainda Bem que Existe Imprensa

De outra forma, como saberíamos nós como é que os ricos gastam e gozam o seu dinheiro?

Eu cá preferia saber como é que os pobres não gastam e não gozam o dinheiro que não têm.
Preferências...

Alguém me Explica...

porque eu não consigo chegar lá?
Porque é que os jornalistas insistem tanto no facto de Sócrates supostamente ter feito um trabalho de inglês numa folha A4? Não é esse o formato normal em que as pessoas fazem trabalhos?...

12 abril 2007

Mais Um Caso de Bom Jornalismo


O Destak tem hoje como tema principal da primeira página a notícia "Doença fatal afecta 16% dos cães de Lisboa e já ameaça humanos". O título, já de si a atirar para o sensacionalista, é completado com uma breve explicação, que mantém o tom. E eis que depois de alertados, abrimos o jornal e nos deparamos com a notícia em desenvolvimento e percebemos que ela teve origem numa campanha que apela à sua prevenção, e que é promovida, adivinhe-se por quem? Pela Scalibor, uma marca representante de produtos que previnem a tal doença.
Não querendo ser desconfiada... os senhores jornalistas não acham que esta notícia (ou a sua promoção) poderá ter por detrás outros interesses que não a mera informação da opinião pública? Mas, o mais grave, é os senhores jornalistas não terem ido ouvir outras fontes que não a tal empresa. Citam às tantas um veterinário (que se supõe também esteja relacionado com a empresa) e no fim diz que "o Instituto de Higiene e Medicina tropical tem realizado campanhas de informação". Ah tem? Então porque não começar por aí? Porque é que a informação provém de uma empresa, em vez de provir de fontes em princípio imparciais e em condições de dar informações correctas relativas a estes assuntos?
Mas tenho a certeza de que a Scalibor agradece essas falhas.

11 abril 2007

"Como Convém Televiver"

In "Portugal, Hoje. O medo de existir", José Gil:

"«É a vida». Esta frase com que o apresentador da RTP termina amiúde o Jornal da Noite dá o tema do ambiente mental em que vivemos. «Dar o tom» significa muito mais do que «sugerir» ou «indicar» uma direcção de leitura. Na realidade, constitui por si só toda uma «visão do mundo» e, mais importante, toda uma visão de nós mesmos, da nossa vida enquanto (tele)espectadores do mundo.
Depois de assistirmos às notícias sobre raptos, assassinatos, acidentes de viação, mortos palestinianos e israelitas, descobertas de centenas de vítimas taliban asfixiadas em contentores no Afeganistão, surge uma notícia que, como uma luz divina, redime todo o mal espalhado pela Terra: nasceu um bebé panda no Zoo de Pequim! O apresentador sorri largamente, pisca mesmo um olho cúmplice aos telespectadores. Depois das imagens de futebol, remata enfim, com um tom sábio: «É a vida!»
É a vida, pois. Que mais quereis? É a vida lá fora, não há nada a fazer, é assim, vivei a vossa com paz e serenidade, não há nada a temer, é lá longe que tudo acontece e, no entanto, estou aqui eu para vo-lo mostrar inteiro, o mundo, ide, ide às vossas ocupações que a vida continua."

Impressão Minha...

ou José Alberto Carvalho parecia mais um inspector da Polícia Judiciária a interrogar Sócrates, do que um jornalista a entrevistá-lo?
Fica a dúvida...

10 abril 2007

O Leitor Invisível

Na imprensa não há audiências. Há tiragens, há números de exemplares vendidos, mas não há maneira de saber quantos leitores leram determinado artigo ou notícia, quantos começaram, quantos acabaram, quantos ficaram a meio. Na televisão é possível saber isto, na imprensa não. Por um lado ainda bem. É um desafio acrescido para o jornalista que escreve, que não fica escravo das audiências, supostamente indicadoras da qualidade do seu trabalho.
Mas há um outro lado de uma certa angústia. Será que alguém vai ler o que escreve? Será que aquele artigo a que dedicou tantas horas vai ser apenas objecto de uma passagem de olhos rápida? O jornalista não sabe quantos leitores vai ter, nem quantos teve nos trabalhos anteriores. Não tem nada que lhe sirva de guia, não sabe se está a escrever para 10, para 1000, ou para 10000. O seu trabalho é apenas um no meio de outros, e reclama atenção e tempo - duas coisas que escasseiam cada vez mais nos nossos tempos.
O jornalista de imprensa não tem normalmente "feed-back" do seu trabalho. Ainda bem. É um desafio constante para fazer sempre melhor. Para cativar aquele leitor que nos escapou da última vez. A angústia de não saber se vamos ser lidos pode levar-nos a escrever melhor.

04 abril 2007

Alarmista? Não!

Há dias foi uma grande reportagem da TVI sobre as viagens de finalistas dos estudantes do 12º ano, agora esta capa da Focus:

Admitamos de uma vez por todas: os adolescentes são a encarnação do diabo!



02 abril 2007

Interessante...

a conclusão deste estudo:
"Internet favorece leitura mais completa da informação"

01 abril 2007

Quando?

Quando é que vai parar a exploração mediática do caso da bebé de Penafiel? Não bastou já de exposição da criança? Não bastou já de violação da protecção da identidade a quem tem direito? Não bastou já de mostrarem as condições de pobreza sublinhadas vezes sem conta?
Não, não bastou. Porque eis que hoje os jornalistas resolvem noticiar que a bebé não está a viver com os pais, mas sim a uns metros, em casa de uma vizinha, porque a casa dos pais está em obras.
Realmente, não fossem os bons dos jornalistas! Que seria das crianças deste país que estão em casa dos vizinhos dos pais que as recuperaram após um rapto?
Exploração. Da pior.

Regras Sagradas do Jornalismo 1

Partir sempre do princípio de que o leitor/espectador/ouvinte não sabe do que estamos a falar. Não é obrigado a saber. Explicar, mesmo que pareça óbvio.
Dar informação, e não guardá-la para nós. Não nos serve de nada, nós já sabemos, e se a transmitirmos alguém pode ficar a saber. Quem já sabe, passa à frente.

30 março 2007

(Foto)jornalismo Hoje

Já foi seleccionada a foto vencedora do Prémio Fotojornalismo VISÃO/BES. A fotografia pode ser vista aqui e é da autoria de Manuel de Almeida, fotojornalista da agência Lusa.
Amanhã, às 16h, no Centro Cultural de Belém, discute-se o papel do fotojornalismo hoje, numa conferência/debate onde figuras consagradas do fotojornalismo vão estar disponíveis para responder às perguntas da audiência.
Uma boa pergunta: qual é o papel do fotojornalismo hoje? A resposta talvez se possa encontrar com outra pergunta: qual é o papel do jornalismo hoje? Essa resposta daria "pano para mangas"...
Mas o fotojornalismo, porque vive da imagem, e só da imagem, tem efectivamente de perceber qual o papel das imagens que produz. O que significa uma foto hoje? Que reacções pode provocar em quem a vê? Tem o papel de chocar? De indignar? De mudar as coisas?
Não percebo nada de fotojornalismo na medida em que não tenho noções técnicas de fotografia. Mas no meu papel de leiga, aprecio e admiro quem o faz. Porque quem fotografa nunca poderá ter um olhar indiferente perante o mundo. E porque de alguma forma quer contribuir com o seu olhar das coisas para o mundo. E admiro especialmente os fotojornalistas que se dedicam aos cenários de guerra. Porque neles ainda é mais precisa essa vontade de dizer algo (muito importante) através de uma imagem.
Em suma, parece-me que o que está em questão quando se discute o papel do fotojornalismo hoje é o poder de uma imagem, assim como quando se discute o papel do jornalismo, se formos ao âmago da questão, está em causa o poder da palavra enquanto elemento base desta profissão. Imagem e palavra são meios essenciais a qualquer jornalista. Nunca poderá prescindir deles. A questão é como os tornar eficazes nos tempos que correm. A questão é se temos de repensar as imagens e as palavras. Porque se elas não chegam aos espectadores, leitores, ouvintes... algo está errado.


28 março 2007

E Portugal Tem um Novo Ministério...

o da Indústria!
Pelo menos foi a informação dada há pouco por uma jornalista da RTP1 ao referir-se a Manuel Pinho...

Coisas Tristes

Carlos Daniel, apresentador do Jornal da Tarde da RTP1:
"Ainda não terminou a triste novela da Universidade Independente"

Caro jornalista:
Não preciso que me diga o que é triste ou alegre.
Não preciso que pense por mim.
A objectividade é um velho mito do jornalismo.
Já a imparcialidade é possível e desejável.
Irrita-me quando um jornalista não resiste a dar a opinião. Porque mesmo que concorde com ela, quero ter o direito de ser eu a fazer os meus próprios julgamentos sobre os acontecimentos que são noticiados.
Sinto-me um pouco menos livre sempre que sinto que um jornalista pensou por mim.

27 março 2007

O Mediador

Vejo o jornalista como uma espécie de tradutor. Desconstrutor. Mediador. Esta última função parece bastante óbvia, uma vez que a sua profissão se insere naquilo a que chamamos os média. Mas a questão é que ela falha, se não existirem as outras duas.
Compete ao jornalista permanentemente fazer uma articulação de linguagens. Por ele passam todo o tipo de campos, do político ao económico, do ambiental ao jurídico. E ele tem de ter competência para lidar com todas estas formas diferentes de falar. E como é que o faz? Obviamente não é especialista em todas elas. Quanto muito pode ser especializado em alguma das áreas. Tem de ter portanto, uma espécie de "dicionário em branco". O que quer isto dizer? Um dicionário seu, permanentemente actualizável, que vai recebendo constantemente conceitos novos, para os quais tem de encontrar significados. É esse o seu desafio diário. É essa, a meu ver, uma das suas principais funções.
E quando um jornalista consegue desconstruir um conceito, a sua função mediadora está cumprida. Passou informação. Tornou-se perceptível. Porque é para um público complexo que ele trabalha, e não para uma elite restrita.
Acho que às vezes (demasiadas vezes) há jornalistas que se esquecem disto.

25 março 2007

Espaços Comunicacionais

Na sua crónica na revista Única do Expresso deste Sábado, José Alberto Carvalho fala daquilo que chama a "egosfera". Começando por dissertar de forma, atrever-me-ia a dizer, quase sociológica sobre a rede social Hi5, relaciona-a depois com o serviço público de televisão.
Diz Alberto Carvalho que o Hi5, outros fenómenos da web social e os blogues enquanto espaço íntimo de escrita evidenciam uma existência de uma "egosfera" que está em confronto absoluto com a experiência de comunicação dos meios tradicionais de comunicação de massa.
Oh Alberto Carvalho, não me leve a mal, mas isso é quase descobrir a pólvora depois da guerra! O espectador/consumidor já não se conforma com aquilo que a caixinha mágica lhe oferece, e em frente à qual fica especado o dia inteiro. As pessoas querem escolher, as pessoas querem ter o seu espaço, o seu próprio espaço comunicacional. E que revolução maravilhosa essa, de termos a possibilidade, cada um de nós, de ter um espaço nosso, em que simplesmente podemos escrever! Ou melhor, termos a liberdade de escrever. Comunicar. Transmitir informação.
O monopólio comunicacional há muito que saiu do campo dos jornalistas. Não vale a pena negar as evidências.

22 março 2007

Aniversário

No País Encantado das Notícias completa hoje dois anos de existência.

21 março 2007

Registo Cómico

Jornalista da RTP, em directo da Costa da Caparica:
"Neste momento as máquinas pararam para almoço"

17 março 2007

O Presente



08 março 2007

A Semana dos Poderosos



03 março 2007

Leituras de Fim-de-Semana

"Aprendi que o trabalho jornalístico consiste na investigação aprofundada dos aparentes factos - e nunca por nunca ser em julgamentos, populares ou elitistas, menos ainda artificialmente criados pelo meio de comunicação em causa. Mas essas regras que aprendi no século passado têm vindo a estoirar - dizem-me que por imperiosas necessidades de sobrevivência. A tabloidização incessante de jornais e revistas cheira-me ao triste esturro dos bombistas suicidas: pode ser que cheguem ao céu, mas o que se vê cá na Terra é um strogonoff de carne humana, lagos de sangue e destruição. Um dia a imprensa entenderá que a automutilação e a tentativa de clonagem do pior da televisão leva à morte - espero que ainda consiga entendê-lo antes que acabem todos os jornais e revistas"

Inês Pedrosa, in "Crónica Feminina", Revista Única 3 Março 2007


"Quando escrevo um texto penso na minha avó e na forma como lhe explicaria aquilo que preciso de relatar"


Sandra Pereira, apresentadora do Jornal da Tarde da RTP 1, in Revista Única 3 Março 2007

02 março 2007

Sobre o Futuro do Jornalismo

Neste blogue fala-se, e critica-se, o jornalismo desempenhado actualmente, assim como os meios que o transmitem. Não costumo referir aquilo sobre o qual até estaria em condições de falar melhor, porque testemunho presencialmente: o futuro do jornalismo, as próximas gerações, nas quais eu espero incluir-me. Faço-o hoje, porque nos últimos tempos tenho visto, entre as pessoas que se candidatam ao lugar de futuros jornalistas, atitudes que me preocupam verdadeiramente. Mas também vi, felizmente, atitudes que me fazem acreditar que há lugar para um jornalismo rigoroso e honesto. Pena estas serem uma minoria.
Pena (é verdadeiramente preocupante) que haja pessoas em cursos de Ciências da Comunicação (comunicação social, jornalismo, seja o que for), que não gostam de jornalismo. Gostam de notas, gostam de médias, e não olham a meios para os alcançar. Mesmo que para isso pisem os outros, mesmo que para isso sejam desonestos. Mas mais preocupante que isto, ou igualmente preocupante, é haver professores, jornalistas com muitos anos de carreira (e que o bradam constantemente aos quatro ventos, como se isso fosse prova da sua competência) premiarem estas pessoas, em vez das que trabalham honestamente. Eles próprios enriquecem o ego à custa da tão famosa "graxa" desses alunos. É um ciclo vicioso.
Preocupa-me. Porque quem já é desonesto mesmo no meio universitário, de certeza que vai ser na sua profissão. E provavelmente, são estes que vão conseguir emprego mais rapidamente.
A minha admiração e felicitação vai para os resistentes que não se deixam enredar por teias e caminhos desonestos, e encarnam aquilo que é a essência do jornalismo. É do trabalho destas pessoas que todos nós, todos vós, enquanto tele-espectadores, leitores, ouvintes, precisam.


01 março 2007

O Pregador Sem Acento

Ouvi há pouco o pivot do Jornal da Tarde da RTP dizer que Al Gore anda a "pregar sobre o aquecimento global". Não quereria o jornalista dizer antes pr(é)gar?

Uma Nova Visão

A partir de hoje, a Visão anuncia uma revista remodelada:

26 fevereiro 2007

Ideia

Mais do que uma média aritmética, a paixão devia ser requisito obrigatório para quem quer ir para jornalismo.
Nem sempre uma corresponde à outra.

24 fevereiro 2007

Como no Futebol...

transferem-se os "jogadores" de umas "equipas" para outras:

23 fevereiro 2007

Apontamento

"Nós os jornalistas, de tanto convivermos com o poder, temos, por vezes, uma percepção errada sobre o nosso estatuto: mas não somos profissionais liberais; somos trabalhadores por conta de outrem, muitas vezes em situações precárias e sempre sujeitos a uma imensa competição, numa profissão a que se chega quando alguém nos contrata para exercê-la"

3º Congresso dos Jornalistas Portugueses, 1998

Confesso a minha ignorância...

eu não sei o que é a famosa "desblindagem dos estatutos" referida quase sempre que se fala no assunto da OPA/ SONAE/ PT.
Será que há mais cidadãos portugueses ignorantes como eu?

Mais um Anúncio Interessante na Área do Jornalismo

"jornalista

Precisa-se de Jornalista/Repórter.

Licenciado com curso superior ou com experiência comprovada mínima de 2 anos.

O elemento irá fazer parte de um projecto inovador.

As funções serão referentes a reportagem edição.

Dá-se preferência a candidatos do sexo feminino. "

22 fevereiro 2007

Não percebo...

porque é que certos jornalistas desportivos continuam a usar a expressão "constelação de estrelas" para se referirem a uma equipa de futebol.
Será que ninguém se apercebe da redundância?

21 fevereiro 2007

Coincidência de Imagens







20 fevereiro 2007

Interessante

A capa da última "Time":

19 fevereiro 2007

Ainda um Comentário...

sobre o anúncio do post anterior. Para além do requisito de "saber nadar", que achei deveras cómico, faz-me confusão estes "jornalista/ redactor/funcionário de agência de comunicação/sabe-se lá o quê".
Um jornalista não é um mero redactor. Mal estamos quando assim é. E também não é um técnico de relações públicas, ou funcionário de agência de comunicação.
Sem desprestigiar quem desempenha esses trabalhos, eles não são jornalismo. O jornalismo exige saberes específicos, como qualquer outra profissão. Daí que não consiga perceber como é que pessoas sem terem essa formação podem aceder à profissão. Esta questão foi recentemente lançada no blogue "Mais Jornalismo", onde o debate permanece aberto.

Alguém me Explica?...

"jornalista / redactor (estágio)

Agência de Comunicação Procura Jovem Dinâmico e Criativo para Projecto Editorial

Se gostas de desafios, sabes nadar e procuras uma oportunidade para mostrar o que vales, arrisca e envia o teu currículo!

Requisitos:
Licenciatura em Jornalismo / Ciências da Comunicação / Comunicação Social
Criatividade e Dinamismo
Capacidade para trabalhar sob stress
Disponibilidade para deslocações
Disponibilidade para trabalhar com horário flexível e por vezes ao fim-de-semana"

17 fevereiro 2007

12 fevereiro 2007

Uma abordagem diferente...

do tema de que hoje todos os jornais falam:

Quem dá menos?

Pode ler-se num anúncio no site Carga de Trabalhos:

"jornalista / repórter
Admite-se Jornalista / Repórter com aptidão para escrever fluentemente e experiência na captação e edição de imagens em vídeo.Serão seleccionados apenas os candidatos que indicarem o ordenado pretendido."

Só os que indicarem o ordenado pretendido? Para quê? Para verem quem pede menos?


Boas-vindas...

ao novo Público:

09 fevereiro 2007

Questão Jornalística

Até que ponto um jornalista é dono do seu texto?

08 fevereiro 2007

Tempo menos Mau no Jornalismo

Mau tempo no Jornal -http://mautemponojornal.blogspot.com/
Um novo blogue, escrito por um jornalista, que vale a pena visitar.

17 janeiro 2007

Questões

O jornalismo actualmente cumpre a sua missão social?
Qual o contributo do jornalismo para a sociedade?

15 janeiro 2007

06 janeiro 2007

É Diário
É Desportivo
É Gratuíto
Pode ler-se em vários painéis publicitários espalhados por Lisboa
É gratuito ou é grátis? É grátis ou é de borla?
Pode ser tudo isto.
Mas gratuíto é que não é, de certeza.

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