"If I ever allow genuine compassion to be overtaken by personal ambition, I will have sold my soul" - James Nachtwey

22 março 2005

O directo

Vou iniciar esta minha primeira viagem a este país encantado, falando do directo. O directo, esse verdadeiro "vício" da informação televisiva dos dias de hoje!...
Dizia há dias um professor meu, que hoje em dia vive-se uma verdadeira "cultura do directo" nas televisões. E que muitas vezes, esse directo resulta em muito pouca informação concreta. Não posso deixar de concordar, e mesmo o espectador mais desatento pode confirmar isso todos os dias nos nossos telejornais.
O directo, é, de certa forma, a maneira de as televisões dizerem: "nós estamos em cima do acontecimento, nós estamos lá, nós chegámos primeiro". O problema é que nem sempre isso se concretiza em informação para o telespectador, e pelo contrário dá origem a situações um tanto ou quanto absurdas, como estarmos a olhar para uma porta, à espera que saia uma personalidade importante, que teima em não sair!
No fim de contas, a verdade é que se fôssemos analisar os directos das nossas televisões, com certeza a maioria teria uma quantidade de informação mínima! O que acontece muitas vezes é estarmos a ouvir um jornalista a "encher pneus", que é como quem diz, a queimar tempo, ou então fazem-se aquelas perguntas completamente despropositadas, como o famoso caso da jornalista da TVI, que em plena noite eleitoral, pergunta ao recém-eleito primeiro-ministro como se sente!
Há, claramente, um exagero do recurso ao directo! E a questão é que isso dá ao público uma falsa sensação de informação. O directo, é importante sim, eu diria que em certas situações é mesmo essencial, mas, como tudo, deve ser usado com conta, peso e medida...

1 comentário:

Anónimo disse...

Eheh finalmente decidiste-te! :D

Parabéns pelo teu primeiro artigo no blog. Que seja o primeiro de muitos e bons artigos... porque neste País Encantado as Notícias nunca se esgotam.

Parabéns!!!

Sweet Entropy