"If I ever allow genuine compassion to be overtaken by personal ambition, I will have sold my soul" - James Nachtwey

09 dezembro 2005

Debates "à americana" nas televisões portuguesas

Faço minhas as palavras de José António Lima neste texto sobre os debates televisivos para as eleições presidenciais.
E tenho de confessar que gostei mais do debate de ontem. Independentemente dos candidatos, a nível de organização televisiva, acho que correu melhor do que o primeiro. Foi menos rígido, não se sentia tanto a ditadura do tempo, e penso que José Alberto Carvalho e Judite de Sousa conseguiram criar um bom equilíbrio.
Depois há também pequenos pormenores que contam, como o cenário, que me pareceu mais agradável do que o escolhido pela SIC, e o posicionamento dos candidatos (continuavam a não estar frente a frente, mas mesmo assim estavam mais em contacto do que no debate da SIC, não dava tanto a sensação de estar cada um para seu lado). Além disso, o próprio posicionamento dos entrevistadores é importante, e também nesse sentido me pareceu que a escolha feita pela RTP foi melhor.
Mas, independentemente das escolhas feitas por cada estação televisiva, há questões que permanecem: será que este é o modelo certo a adoptar? Será que achamos que ele não resulta apenas porque não estamos habituados, é uma questão de tempo? Ou não resulta mesmo?
Parece-me que a questão essencial é: será que o que se ganha em informação compensa a falta de interesse televisivo? O público fica mais e melhor informado desta forma?

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