"If I ever allow genuine compassion to be overtaken by personal ambition, I will have sold my soul" - James Nachtwey
31 dezembro 2006
30 dezembro 2006
25 dezembro 2006
Parabéns
à RTP, pelas reportagens que tem apresentado nesta quadra natalícia, a mostrar outros Natais: com fome, com guerra, ou simplesmente com solidão.
Destaque para a reportagem de Noé Monteiro, do Chade.
A meu ver, é este o verdadeiro serviço público.
E porque também vale a pena destacar aqueles que trazem encanto a este País das Notícias, aqui fica a nota positiva.
O jornalismo devia ser mais assim.
Destaque para a reportagem de Noé Monteiro, do Chade.
A meu ver, é este o verdadeiro serviço público.
E porque também vale a pena destacar aqueles que trazem encanto a este País das Notícias, aqui fica a nota positiva.
O jornalismo devia ser mais assim.
23 dezembro 2006
Porque é preciso arriscar...
mudar, e inovar, No País Encantado das Notícias está agora com uma nova cara.
Menos cor-de-rosa, mas não totalmente cinzento. Com os mesmos conteúdos de sempre.
Espero que gostem das mudanças.
Um Natal muito feliz para todos os leitores do blogue!
Menos cor-de-rosa, mas não totalmente cinzento. Com os mesmos conteúdos de sempre.
Espero que gostem das mudanças.
Um Natal muito feliz para todos os leitores do blogue!
21 dezembro 2006
20 dezembro 2006
Mas Ainda Mais Importante que Saber se Pinto da Costa Festejou a Vitória da Grécia...
é saber o que irá a Floribella jantar na noite de Natal:
"Floribella troca bacalhau por empadão na Consoada"
"Floribella troca bacalhau por empadão na Consoada"
19 dezembro 2006
A Questão Fundamental do "Apito Dourado"
Grande dúvida jornalística, transmitida há pouco pela SIC Notícias: Pinto da Costa festejou ou não a vitória da Grécia no Euro 2004.?
Um grupo de jornalistas, reunidos à volta de Gilberto Madaíl, tenta apurar esta importante questão.
Que interessa se o homem é corrupto ou não? Isto sim, é uma questão de maior importância!
Um grupo de jornalistas, reunidos à volta de Gilberto Madaíl, tenta apurar esta importante questão.
Que interessa se o homem é corrupto ou não? Isto sim, é uma questão de maior importância!
18 dezembro 2006
Má Informação
O Presidente da República iniciou hoje um roteiro de inclusão relacionado com a deficiência.
Tendo eu feito há pouco tempo um artigo sobre surdos, e sabendo que a escola de surdos mais antiga de Portugal (o Instituto Jacob Rodrigues da Casa Pia) seria um dos pontos de passagem de Cavaco, fiquei naturalmente curiosa para saber como os telejornais abordariam o assunto.
Infelizmente, abordaram exactamente como esperava: mal. Pelo menos no caso que vi, o Telejornal da RTP, resumiu-se a um directo do Instituto, no qual tivemos oportunidade de ouvir o jornalista relembrar-nos que ali se tinha passado um escândalo (na Casa Pia em geral, nem no Instituto em particular), ao que se seguiram questões colocadas ao Presidente, imagine-se sobre o quê? Isso mesmo, o escândalo da Casa Pia! Só no fim um jornalista mais iluminado (?) se lembrou de colocar uma pergunta sobre as recentes medidas do governo em relação aos cidadãos com deficiência. E mesmo essa, muito geral.
Conclusão: nada. E é este nada que contribui para assuntos como a deficiência continuem a ser tão mal tratados na sociedade. Porque são mal tratados pelos media. E os media são essenciais para a formação da opinião pública. Convençam-se disso. E comecem a trabalhar a sério. E a perceber que quando estão numa escola de surdos, o simples facto de terem feito uma pequena história da instituição, ou de terem falado com a directora, teria feito uma grande diferença. E não se desculpem com a falta de tempo. Há é falta de informação. Dos jornalistas. Que se acham no direito de informar os outros.
Tendo eu feito há pouco tempo um artigo sobre surdos, e sabendo que a escola de surdos mais antiga de Portugal (o Instituto Jacob Rodrigues da Casa Pia) seria um dos pontos de passagem de Cavaco, fiquei naturalmente curiosa para saber como os telejornais abordariam o assunto.
Infelizmente, abordaram exactamente como esperava: mal. Pelo menos no caso que vi, o Telejornal da RTP, resumiu-se a um directo do Instituto, no qual tivemos oportunidade de ouvir o jornalista relembrar-nos que ali se tinha passado um escândalo (na Casa Pia em geral, nem no Instituto em particular), ao que se seguiram questões colocadas ao Presidente, imagine-se sobre o quê? Isso mesmo, o escândalo da Casa Pia! Só no fim um jornalista mais iluminado (?) se lembrou de colocar uma pergunta sobre as recentes medidas do governo em relação aos cidadãos com deficiência. E mesmo essa, muito geral.
Conclusão: nada. E é este nada que contribui para assuntos como a deficiência continuem a ser tão mal tratados na sociedade. Porque são mal tratados pelos media. E os media são essenciais para a formação da opinião pública. Convençam-se disso. E comecem a trabalhar a sério. E a perceber que quando estão numa escola de surdos, o simples facto de terem feito uma pequena história da instituição, ou de terem falado com a directora, teria feito uma grande diferença. E não se desculpem com a falta de tempo. Há é falta de informação. Dos jornalistas. Que se acham no direito de informar os outros.
10 dezembro 2006
Outonos Amenos Pouco Amenos
Notícia SIC:
"Outono Ameno
Pelo menos até terça-feira, vai-se a chuva e vem o frio. As previsões apontam para temperaturas muito baixas no interior norte. No resto da Europa, este é o Outono mais quente dos últimos anos e por isso as férias na neve estão ameaçadas"
A SIC fala-nos de um "Outono Ameno". Mas depois diz que o frio vem aí. Depois fala da situação no resto da Europa, e nas temperaturas que Portugal tem registado até agora.Mas está, no mínimo, confuso. Porque a informação do título deve corresponder à principal informação da notícia. E porque ainda se arriscam a que quem lê ou ouve a notícia, julgue que está a ser vítima de alguma brincadeira quando lhe falam de "outonos amenos" com chuva e frio...
Pelo menos até terça-feira, vai-se a chuva e vem o frio. As previsões apontam para temperaturas muito baixas no interior norte. No resto da Europa, este é o Outono mais quente dos últimos anos e por isso as férias na neve estão ameaçadas"
A SIC fala-nos de um "Outono Ameno". Mas depois diz que o frio vem aí. Depois fala da situação no resto da Europa, e nas temperaturas que Portugal tem registado até agora.Mas está, no mínimo, confuso. Porque a informação do título deve corresponder à principal informação da notícia. E porque ainda se arriscam a que quem lê ou ouve a notícia, julgue que está a ser vítima de alguma brincadeira quando lhe falam de "outonos amenos" com chuva e frio...
09 dezembro 2006
A Personagem Mistério
O DN tem hoje online uma entrevista com alguém que, ao que parece, afirma que "Marques Mendes não tem causas nem carisma". Isto depreendo eu, porque a afirmação nem sequer vem entre aspas.
Falta também outro pequeno pormenor: não surge o nome do entrevistado. Alguém me ajuda a perceber quem é? É que não vejo mesmo...
Falta também outro pequeno pormenor: não surge o nome do entrevistado. Alguém me ajuda a perceber quem é? É que não vejo mesmo...
08 dezembro 2006
07 dezembro 2006
06 dezembro 2006
Para o Caso de Alguém Ainda Não Ter Percebido...
O metro retoma o tema dos jovens mandriões, desta vez referindo-se-lhes como "universitários".
E para o caso de não ter MESMO percebido... Repete no interior o que diz na primeira página:
http://www.metropoint.com/ftp/20061206_Lisbon.pdf

04 dezembro 2006
E Por Falar Em Coisas Incompreensíveis...
Deixo aqui o link para um texto de Miguel Gaspar no Diário de Notícias de hoje: E que tal descodificar?
Levanta uma questão que me parece pertinente e interessante.
Levanta uma questão que me parece pertinente e interessante.
Acata... Quê??
No Telejornal da Sic Notícias, oiço o pivô falar em "medidas acatatórias".
Está decidido, é desta que vou comprar um dicionário novo.
Está decidido, é desta que vou comprar um dicionário novo.
A Gente Descobre Cada Coisa...
Desde ontem que estamos a ser presenteados pelos nossos media com uma notícia incrivelmente surpreendente: os jovens saem cada vez mais tarde de casa dos pais! Veio esta notícia inédita no decorrer de um estudo efectuado pelo Governo.
Ainda bem que avisam, porque tenho a certeza de que ainda ninguém tinha chegado às conclusões que esse estudo apresenta. Ninguém ainda se tinha apercebido de que os jovens são dependentes dos pais até cada vez mais tarde, que arranjam emprego cada vez mais tarde, que vão, em suma, à sua vida, cada vez mais tarde.
E para acompanhar um estudo revelador, nada melhor do que notícias reveladoras. Não vá alguém estar distraído. E vá de colocá-las na capa. E de lhes dar grande destaque.
Eu sei que é segunda-feira, mas... não havia mesmo nada de novo a dizer aos leitores?...
Ainda bem que avisam, porque tenho a certeza de que ainda ninguém tinha chegado às conclusões que esse estudo apresenta. Ninguém ainda se tinha apercebido de que os jovens são dependentes dos pais até cada vez mais tarde, que arranjam emprego cada vez mais tarde, que vão, em suma, à sua vida, cada vez mais tarde.
E para acompanhar um estudo revelador, nada melhor do que notícias reveladoras. Não vá alguém estar distraído. E vá de colocá-las na capa. E de lhes dar grande destaque.
Eu sei que é segunda-feira, mas... não havia mesmo nada de novo a dizer aos leitores?...


03 dezembro 2006
"Show, Don't Tell"
"Show, don't tell". Mostra, não digas. Máxima jornalística que defende que o jornalista, mais do que guiar o espectador, ouvinte, leitor, para aquilo que deve pensar ou sentir sobre o assunto que está a ser apresentado, lhe deve, simplesmente, mostrar.
Nem sempre é fácil escapar à transgressão desta máxima. E quando estão em causa os temas de interesse humano, ainda mais há o perigo de incorrer nela.
Dou como exemplo deste fenómeno que vejo acontecer não raras vezes no jornalismo, a reportagem que passará hoje na SIC, sobre pessoas que sofrem de paralisia cerebral. Ao ler na SIC online o resumo da dita, deparo-me com um entusiasmo natural do jornalista que a fez. No entanto, quando esse entusiasmo passa a ser quase que uma "lição de moral", ou uma antecipação de qual vai ser a reacção do espectador, a mim coloca-se um problema: é que o jornalista já pensou por mim. Já concluiu o que aquilo me vai mostrar. Então, à partida, já estou limitada na recepção da reportagem.
Deixo, para ilustrar o que expus, o último parágrafo do resumo:
Nem sempre é fácil escapar à transgressão desta máxima. E quando estão em causa os temas de interesse humano, ainda mais há o perigo de incorrer nela.
Dou como exemplo deste fenómeno que vejo acontecer não raras vezes no jornalismo, a reportagem que passará hoje na SIC, sobre pessoas que sofrem de paralisia cerebral. Ao ler na SIC online o resumo da dita, deparo-me com um entusiasmo natural do jornalista que a fez. No entanto, quando esse entusiasmo passa a ser quase que uma "lição de moral", ou uma antecipação de qual vai ser a reacção do espectador, a mim coloca-se um problema: é que o jornalista já pensou por mim. Já concluiu o que aquilo me vai mostrar. Então, à partida, já estou limitada na recepção da reportagem.
Deixo, para ilustrar o que expus, o último parágrafo do resumo:
"São pessoas como estas, que nos remetem para a nossa verdadeira dimensão, que lhes quero apresentar no domingo, na Grande Reportagem, “O Triunfo da Vontade”, logo a seguir ao Jornal da Noite. Aposto que não lhes vai ficar indiferente"
Quem estiver interessado, pode ler o resto no site da SIC.É claro que, independentemente disto, a reportagem em causa poderá ser (e assim o espero) um excelente trabalho jornalístico. Que não deixe indiferente quem a vir. Mas pelo que mostrou, e não pelo que disse.
01 dezembro 2006
Grande (?) Entrevista
Confesso que não percebi muito bem o propósito da Grande Entrevista de ontem. O programa de Judite de Sousa, conhecido por entrevistar figuras públicas de alguma importância, políticos e não só, sempre que eles tenham algo importante a dizer em determinada altura, escolheu ontem um especialista para falar do tema da Anorexia.
A Anorexia, que infelizmente voltou a estar nas "bocas do mundo" devido a mortes recentes, tem sido nas últimas semanas tratada pelos media, quer seja em notícias, quer em reportagens. Parece-me bem. Mas ontem, na Grande Entrevista, apareceu como uma "carta fora do baralho".
Senti que não acrescentou nada à informação que já tinha sido veiculada sobre o tema. Sim, era um especialista que estava ali a falar, pelo que percebi com grande experiência na área. Mas Judite também não "puxou" muito por ele, quase reduzindo a entrevista a uma conversa de café, parecendo que buscava mais respostas para as suas próprias dúvidas sobre o tema, do que o esclarecimento mais profundo dos telespectadores.
Questões até um bocado inocentes como: "Acha que o mundo da moda está mais susceptível ao aparecimento de casos de anorexia?".
Pelo meio, foi introduzida uma reportagem, que também não acrescentou nada de novo, apesar de Judite ter sublinhado que a colega "se tinha esforçado imenso para fazer o trabalho". Houve ainda uma intervenção em directo de uma anoréctica em recuperação. Pareceu-me ter sido esta a melhor parte.
Quando terminou o programa, uma sensação de vazio e ao mesmo tempo desilusão. Esperava mais de uma Grande Entrevista.
A Anorexia, que infelizmente voltou a estar nas "bocas do mundo" devido a mortes recentes, tem sido nas últimas semanas tratada pelos media, quer seja em notícias, quer em reportagens. Parece-me bem. Mas ontem, na Grande Entrevista, apareceu como uma "carta fora do baralho".
Senti que não acrescentou nada à informação que já tinha sido veiculada sobre o tema. Sim, era um especialista que estava ali a falar, pelo que percebi com grande experiência na área. Mas Judite também não "puxou" muito por ele, quase reduzindo a entrevista a uma conversa de café, parecendo que buscava mais respostas para as suas próprias dúvidas sobre o tema, do que o esclarecimento mais profundo dos telespectadores.
Questões até um bocado inocentes como: "Acha que o mundo da moda está mais susceptível ao aparecimento de casos de anorexia?".
Pelo meio, foi introduzida uma reportagem, que também não acrescentou nada de novo, apesar de Judite ter sublinhado que a colega "se tinha esforçado imenso para fazer o trabalho". Houve ainda uma intervenção em directo de uma anoréctica em recuperação. Pareceu-me ter sido esta a melhor parte.
Quando terminou o programa, uma sensação de vazio e ao mesmo tempo desilusão. Esperava mais de uma Grande Entrevista.
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