O título é dramático, eu sei. Mas não me parece que haja forma mais suave de o dizer. Ou haver até há, mas chegou a altura de se levar a sério a doença de que o jornalismo tem vindo a padecer (e a piorar) nos últimos anos.
Muitos parecem encarar essa doença como algo natural, apenas umas dores de cabeça passageiras, que em nada prejudicam a profissão. Mas para mim começa mais a assemelhar-se a um cancro.
Há quase 3 anos quando comecei este blogue, fi-lo porque queria ter algo a dizer na área na qual me estava a formar. Queria ter uma posição crítica perante o desempenho daquela que esperava vir a ser a minha profissão. Há meses, deixou de fazer sentido continuar. Era tão fácil encontrar material para criticar, que deixou de consistir um desafio para mim fazê-lo. E assim também deixaria de ser interessante para quem eventualmente visitasse este blogue.
Entretanto licenciei-me, e estou agora "do outro lado". Há novas perspectivas, novos problemas que se levantam. Acontecimentos que acho que é preciso denunciar. Mesmo que me digam que não vale a pena. Que ninguém liga. Que estamos no mundo do "salve-se quem puder". Eu acredito que vale a pena, enquanto houver jornalismo verdadeiro.
Mas o jornalismo está claramente doente. Ficou doente a partir do momento em que se aceitou como natural que a selecção dos factos com interesse noticioso não esteja nas mãos dos jornalistas. E, claramente, hoje muitas vezes não está. Está nas mãos de interesses económicos, empresas, agências de comunicação. E o que são os jornalistas no meio disto tudo? Ou o que querem fazer deles? Meros peões que ajudam outros a ganhar um jogo.
É contra esta lógica tão naturalmente aceite que me quero revoltar. Está na altura de dizer "basta!".
Muitos parecem encarar essa doença como algo natural, apenas umas dores de cabeça passageiras, que em nada prejudicam a profissão. Mas para mim começa mais a assemelhar-se a um cancro.
Há quase 3 anos quando comecei este blogue, fi-lo porque queria ter algo a dizer na área na qual me estava a formar. Queria ter uma posição crítica perante o desempenho daquela que esperava vir a ser a minha profissão. Há meses, deixou de fazer sentido continuar. Era tão fácil encontrar material para criticar, que deixou de consistir um desafio para mim fazê-lo. E assim também deixaria de ser interessante para quem eventualmente visitasse este blogue.
Entretanto licenciei-me, e estou agora "do outro lado". Há novas perspectivas, novos problemas que se levantam. Acontecimentos que acho que é preciso denunciar. Mesmo que me digam que não vale a pena. Que ninguém liga. Que estamos no mundo do "salve-se quem puder". Eu acredito que vale a pena, enquanto houver jornalismo verdadeiro.
Mas o jornalismo está claramente doente. Ficou doente a partir do momento em que se aceitou como natural que a selecção dos factos com interesse noticioso não esteja nas mãos dos jornalistas. E, claramente, hoje muitas vezes não está. Está nas mãos de interesses económicos, empresas, agências de comunicação. E o que são os jornalistas no meio disto tudo? Ou o que querem fazer deles? Meros peões que ajudam outros a ganhar um jogo.
É contra esta lógica tão naturalmente aceite que me quero revoltar. Está na altura de dizer "basta!".
2 comentários:
Sim, basta... e que vais fazer? Já sabes? ;)
Estou a tentar descobrir ;)
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